Botijão de gás chegará a R$ 200 este ano e obrigará famílias a usar lenha para cozinhar, aponta relatório de Revendedores de GLP
O gás subiu mais que a inflação nos dois primeiros anos do governo Bolsonaro e a tendência é que fique ainda mais caro. O presidente da Associação Brasileira dos Revendedores de GLP, Alexandre Borjaili, diz que a tendência é que o preço do produto chegue a até R$ 200 este ano. Muitas famílias pobres voltarão a usar lenha, carvão ou álcool.
De acordo com pesquisa do IBGE, em 2018, quando Bolsonaro se elegeu, 14 milhões de brasileiros usavam esses produtos “alternativos”, três milhões a mais que 2016, o ano do golpe. No governo Bolsonaro, esse número deve estar muito mais alto, já que as condições de vida dos trabalhadores pioraram.
O preço do botijão de gás de 13 quilos nunca esteve tão alto no Brasil, e a tendência é piorar diante da atual escalada de preços do petróleo no mercado internacional. Nesta semana, a Petrobras anunciou aumento de 6% para o gás liquefeito de petróleo (GLP), que já tinha sido reajustado em 5% no início de dezembro passado —o que poderá levar usuários a buscarem alternativas, como a lenha e o etanol.
“A tendência é que o preço do botijão atinja de R$ 150 a R$ 200 este ano”, projeta Borjaili, informando que os revendedores estão buscando alternativas, levando em conta também a venda da Liquigás pela Petrobras. “O GLP, agora, está na mão de multinacionais e o princípio social do botijão de 13 quilos foi totalmente abandonado.”
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